CC - Campo da Educação: Saberes & Práticas (Profª Gilmara Oliveira) (2017

RELATÓRIO
III SEMINÁRIO INTERNACIONAL (COOPERAÇÃO BRASIL- QUEBEC)


O III Seminário Internacional (Cooperação Brasil-Quebec) realizado pela UFSB – Universidade Federal Do Sul da Bahia, aconteceu no Campis Sosígenes Costa na Cidade de Porto Seguro – BA, nos dias 30 de agosto a 02 de setembro de 2017, intitulado Diversidade e Educação Inclusiva: perspectivas interdisciplinares e interepistêmicas, teve como principal objetivo promover observações de políticas educativas e de práticas metodológicas inovadoras de promoção da inclusão e da igualdade na diversidade em ambiente escolar. No dia 30 de agosto aconteceu a Cerimônia de abertura, e pude observar que nas apresentações e temáticas passadas tinham fortemente a presença de ações de políticas de inclusão social, respeito, sustentabilidade e maiores oportunidades acadêmicas.
Tal evento foi transmitido para nós, alunos do CUNI-COARACI, metapresencial , o que nos faz perceber a importância que a implantação direta da tecnologia tem na UFSB, pois permitiu que participássemos em tempo real do evento, e o mesmo contou com a participação de diversas pessoas, professores de diversos lugares do País, alunos e comunidade local, acredito que muitos alunos que participaram também estavam visando futuras experiências de intercâmbios, pesquisa ou extensão.
Ainda no dia 30 de agosto, tiveram duas palestras, ministradas pela professora Marie Mc Andrew da universidade de Montreal no Canadá e a professora Dalila Andrade Oliveira da Universidade Federal de Minas Gerais.
A professora Marie apontou em sua fala que a educação pode transformar as relações sociais e étnicas, mostrando exemplos de lições vividas pelos quebequenses. A pesar de fazer parte do Canadá o sistema de educação do Quebec possui algumas diferenças do restante das províncias. No Québec, crianças e adolescente de 6 a 16 anos, são obrigadas a frequentar, no sistema escolar público, escolas que ensinam apenas em francês. O sistema escolar é compulsório. Vale ressaltar sobre os quebequenses, é que tornaram-se conhecidos não pelo fato de uma educação compulsiva, mas, pelas suas instituições de ensino superior de qualidade e baixo custo, e lá se concentra a maior quantidade de universitários da América do Norte.

Durantes os dias 31 de agosto e 01 e 02 de setembro foram apresentados no do III Seminários Brasil-Quebec assuntos relacionados às políticas de cotas e a necessidade que um País amplamente diversificado tem em implantar esses mecanismos capazes de amenizar problemas sociais instituídos na sociedade brasileira.
No dia 01 de setembro, o evento deu continuidade às suas atividades com duas mesas-redondas, com os temas: “Quais são as vantagens e os efeitos perversos das políticas focalizadas em públicos específicos para a promoção de uma escola aberta à diferença?” e "Qual é a importância de estabelecer um quadro de competências profissionais para orientar a formação de professores e de gestores para o trabalho em ambiente escolar?”.
A primeira teve como convidados Mônica Santos (UFRJ), que abordou sobre os grupos de trabalhos e projetos da UFRJ que propõem políticas de acessibilidade de inclusão social; Francisco Cancela (UNEB/PPGES-UFSB), que abordou sobre casos indígenas na conjuntura da diversidade e inclusão social, com histórias reais de preconceitos na sociedade; e Corina Borri-Anadon (Universidade do Quebec em Trois-Rivières, Canadá – UQTR), que falou sobre políticas de integração escolar e educação intercultural no Québec.
Na segunda mesa redonda, David D’Arisso (Universidade de Montreal) fez uma breve explanação sobre a evolução da formação docente no Québec; Já João Valdir Alves de Souza (UFMG), conceituou desigualdade e diversidade e, logo após, falou sobre alguns projetos da UFMG para inclusão, como Formação Intercultural para educadores indígenas e Licenciatura em Educação do Campo. Para finalizar a noite, Érica Capinan (SEC-BA) fez um discurso acalorado sobre necessidade de haver um “currículo da vida”, em que o científico se une ao senso comum em prol de uma pedagogia viva e inclusiva.
Dando sequência, no dia 02 de setembro, pude observar a apresentação de duas  duas mesas-redondas também, que fizeram referência à assuntos sobre: “Como abordar o racismo com futuros professores em um contexto de tensões nacionais e internacionais?” e “Como as práticas pedagógicas inovadoras podem influenciar uma transição institucional para a promoção da inclusão e da diversidade na escola?”
Foi muito importante à abordagem voltada para assuntos sobre desigualdade escolar e desigualdade regional, porque é muito importante a presença de Universidades como a UFSB – Universidade Federal do Sul da Bahia, na sociedade brasileira, que nutre uma base estrutural formada por inclusão social de maneira inovadora e flexível, e, sobretudo, nos slides foi destacada também emblemática sobre políticas sociais, pois deixa claro que ambas as práticas orientam-se por um sentido de justiça equitativa que busca corrigir os desvios de um padrão universal de políticas inclusivas.
Na segunda palestra da noite, a professora Dalila Oliveira abordou o tema diversidade e inclusão na educação integral em tempo integral, mostrando as experiências recentes do Brasil. O Brasil do século XXI é marcado pela sua diversidade e desigualdades tanto racional como social. E é nesse contexto de analise que surgem as políticas de inclusão onde o Plano Nacional de Educação (PNE) é aprovado para que fosse possível garantir uma educação de baixo custo e qualidade para todos. Porém nesse novo governo presenciamos um golpe de estado em Agosto de 2016, no qual reduz o orçamento com a educação, pois o atual cenário político brasileiro vê a educação como gasto excessivo e não como investimento.
Portanto, o Seminário internacional de cooperação Brasil-Quebec, só veio consolidar o que eu tenho pensado da UFSB. Os complexos integrados de educação, CUNIS, formação geral e as licenciaturas são os elementos que enriquecem significativamente o modelo inovador da UFSB e faz com que a instituição ganhe proporções internacionais no que concerne em práticas inovadoras de educação para a formação de novos sujeitos/educadores/atores sociais.
Apesar desse fator estar evidenciado, entre os muros da instituição e na prática, a importância desses elementos deve constantemente ser levada em consideração; temos uma formação geral excelente, as licenciaturas muito bem estruturadas e organizadas e os complexos integrados trabalhando de forma eficaz, inclusive contando com estagiários da própria UFSB, durante o evento vimos apresentações do Complexo Integrado de Educação de Porto Seguro no Evento 
Brasil-Quebec na UFSB. Fala sobre práticas pedagógicas.
Portanto, as mesas redondas, apresentação de pôsteres, aula show e atividades culturais, fotos, dentre outros atributos que TVE acesso na página do Seminário foram importantíssimos para obtenção do meu conhecimento e/ou experiência sobre os assuntos trabalhados durante o evento maravilhoso. Parabenizo o Reitor Naomar Almeida e demais organizadores, o Evento foi belíssimo e nos deixa enriquecidos culturamente e gratificados, pois são ações assim que fazem nossas universidades mais relevantes.



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