CC - Acessibilidade, Inclusão & Saúde - AIS - Profª Maria Helena Piza (2017.3)

INICIANDO O PENSAMENTO INCLUSIVO



Ø  O que é inclusão?

Com base em minha percepção, inclusão é o ato de permitir, favorecer ou facilitar o acesso ao meio comum, indistintamente, é oportunizar, desfragmentar paradigmas capazes de gerar conceitos de superioridade seja em âmbito socioeconômico e/ou educacional. Portanto, a inclusão está ligada a todas as pessoas que não têm as mesmas oportunidades dentro da sociedade, é acolher todas as pessoas, sem exceção no sistema.


Ø  O que é incluir para vocês?

É permitir o acesso de todos num mesmo ambiente, incluir é ser tolerável às diferenças de seres, é ascensão, porque incluir não deve se restringir a apenas um segmento, mas sim a todos os grupos vulneráveis. A inclusão deve ser feita por todos e para todos. Para incluir é necessário conhecer, pois é justamente a falta de conhecimento que dá força à exclusão ou a inclusão excludente.


Ø  Quem nunca se sentiu excluído na vida mesmo estando, aos olhos dos outros, incluído?

  Todos nós já vivenciamos ou estamos vulneráveis a passar por situações de caráter exclusivo-social, levando em consideração que a nossa cultura tem uma “prática” ainda pequena em relação à inclusão social, existem pessoas que ainda criticam a igualdade de direitos e não querem cooperar com aqueles que fogem dos padrões de normalidade estabelecido por um grupo que é maioria. E diante dos olhos deles, também somos diferentes o que faz com que nos deparamos com situações que nos deixam com a sensação de termos sido excluídos.


Ø  O que é a pessoa com deficiência?

  É uma pessoa com algum tipo de limitação, seja a mesma visual, auditiva, mental, locomotiva, dentre diversas outras, desta maneira a deficiência não está na pessoa, e sim na relação entre a pessoa deficiente (que tem impedimentos em alguma área) com o meio (barreiras), que impedem sua participação plena na sociedade.

Ø  Você confia em uma pessoa com deficiência da sua idade do mesmo jeito que confia em uma pessoa sem deficiência?

Depende da situação e do tipo de deficiência que cada um nutre, porque, por exemplo, se a pessoa for deficiente mental não tem como eu num momento de consciência plena confiar, mas em minhas atitudes eu costumo ser tolerante ao máximo com todas as pessoas deficientes, sejam as mesmas de minha idade ou não, é um gesto de respeito ao próximo, é empatia, até porque ninguém é superior a alguém, e cada um carrega consigo qualidades e defeitos, o que difere é que o grau de alguns são superiores a outros e resultam em certas limitações.

Ø  Pessoas com deficiência são doentes?

Jamais. Enriqueço tal resposta com a opinião explica do professor Romeu Kazumi Sassaki: “Doença não é deficiência, assim como deficiência não é doença, mas algumas deficiências são causadas por doenças, assim como poderiam ser causadas por acidentes de qualquer tipo, violência urbana, maus-tratos em casa, tiros e explosões em tempos de guerra, etc.  Outras deficiências são congênitas”.

Ø  É possível tornar as Unidades Básicas de Saúde acessíveis?

Sim, até mesmo porque é competência da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República assessorar direta e indiretamente o Presidente da República na formulação de políticas e diretrizes voltadas à defesa dos direitos das pessoas com deficiência e promoção da sua integração à vida comunitária, o que inclui a promoção da Acessibilidade.


Ø  Como alcançar/implementar a acessibilidade no SUS?

Sistema Único de Saúde (SUS) tem como princípios a universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência; a equidade que parte da premissa de que todo o cidadão é igual perante o SUS, e que será atendido conforme as suas necessidades; e a integralidade de assistência, entendida como um conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso, em todos os níveis de complexidade.

Entretanto, a prática diária, tem permitido observar que os princípios do SUS, muitas vezes, têm assumido um papel “utópico”. Pois existe uma lacuna no que diz respeito à ideologia do sistema e a sua praticidade, visto que muitos indivíduos, juntamente com suas famílias, muitas vezes vivenciam situações que ferem seus direitos como cidadãos e que possuem direitos, então alcançaremos e implantaremos a acessibilidade do SUS por meio de práticas que abarquem as peculiaridades dos serviços e dos recursos de saúde que facilitam ou dificultam a sua utilização pelos usuários, pois a garantia à atenção à saúde, assim como o direito de todos à saúde, somente é conquistada se a população tiver condições de acessibilidade aos serviços. Portanto, deve-se implantar nas unidades de saúde um espaço capaz de comportar as pessoas com deficiências, como corrimão, piso, sanitários, calçadas, rampas dentre outros fatores, com adequação para um melhor conforto e maior acessibilidade. 

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