CC: Matemática & Cotidiano - Profª Luana Cerqueira (2017.3)

Ø  SÍNTESE COMENTADA: 

Entrevista Paulo Freire & Ubiratan D'Ambrosio e História do Número 1: 

 

Na entrevista do Professor matemático Ubiratan D’Ambrosio com Paulo Freire, os dois pensadores refletem sobre aspectos de pensar a matemática na educação, pois se pode notar uma discussão englobando o contexto da matemática no ambiente de formação de aprendizagem, e distintas situações que a mesma esteja inserida, uma vez que a entrevista se baseia ao paralelismo com o pensamento de Paulo Freire sobre a literacia. Logo, Ubiratan D'Ambrósio direcionou o seguimento da entrevista para a etnomatemática, com o intuito de procurar entender o saber/fazer matemático ao longo da história da humanidade, contextualizado em diferentes grupos de interesse, comunidades, povos e nações, e, sobretudo, procurou evidenciar que não se trata de propor outra epistemologia, mas sim de entender a aventura da espécie humana na busca do conhecimento e na adoção de comportamentos. 

 Paulo Freire cita na entrevista a matemática como uma das ciências mais aplicadas em nosso cotidiano, e descreve com bastante naturalidade, pois um simples olhar ao nosso redor é capaz de despertar a  sua presença nas formas, nos contornos, nas medidas, segundo Freire, estamos em contato com aspectos matemáticos constantemente, onde tudo se explica matematicamente. Ela está presente em toda parte e se encontra em todas as atividades que fazemos, logo é impossível ignorar esse fato. Porém, a entrevista critica a maneira como a matemática ainda é vista, algo de difícil compreensão, onde apenas os grandes intelectuais conseguem compreender e fazer uso da mesma, dessa forma, Paulo Freire em sua fala enaltece a ideia de que não tem como utilizar um único modelo e aplicar em todas as realidades, mas utilizar-se das realidades e ampliar e/ou modificar o modelo em âmbito da aprendizagem da matemática. Assim, o ensino será democratizado, dando oportunidade a todos, de acordo com suas experiências e realidades, construindo um ambiente educativo com maior naturalidade e compreensão no cenário do ensino matemático.

Na entrevista se pode observar que o termo “matemática”, geralmente, é inadequadamente ensinado durante o período de aprendizagem no ambiente escolar, tendo como consequência tamanha rejeição. Todavia, Paulo Freire ressalta que com o saber empírico, algumas reflexões podem ser expostas e compreendidas mais facilmente, pois ao fazer uso de uma Citação de Paulo Freire para fundamentar a ideia proposta, se nota que: “não há saber mais ou saber menos. Há saberes diferentes.”

Portanto, a entrevista nutre uma ideia para que a construção do conhecimento se dê de forma prazerosa, pois é necessário buscar estratégias em que o aprendiz se identifique com sua própria realidade. Pois, o aprendizado não pode se limitar à técnicas e fórmulas, mas deve romper os limites da sala de aula e mergulhar na realidade do aprendendo para que o aprendizado seja agradável, desejado e espontâneo. Nesta visão, aprender matemática não é o mero domínio de técnicas, habilidades ou memorização de algumas fórmulas e teorias, mas, sobretudo, de trocas de experiências.

O documentário sobre A História do Número 1 faz uma análise sobre a história da matemática tendo como personagem principal e pioneiro o número um, pois este representa o início de tudo, desde os primeiros registros simbólicos grafados em ossos para exprimir quantidades em uma sucessão de traços que permitia a contagem. Analisando os sumérios, o documentário atribui à sua representação do número um em cones de argila como responsável por possibilitar a representação da subtração e, assim, dar origem à aritmética. Sobre os algarismos hindu-arábicos, o documentário defende que seria mais correto denominá-los indianos, pois esses povos já utilizavam esse sistema algorítmico milhares de anos antes de Cristo, e os árabes, nesse processo, foram responsáveis por levá-los à Europa. Esses algarismos traziam uma novidade revolucionária: o número zero, o qual passa a dividir as atenções com o personagem principal do documentário. Como a representação do nada foi recebida pela sociedade europeia, e porque o uso do zero revolucionou a representação tanto de grandes quantidades quanto de muito pequenas são questões exemplificadas no documentário. Além disso, a obra analisa como os números um e zero se tornaram os responsáveis por uma das mais importantes revoluções do conhecimento humano: a informatização. 

Uma história que remonta aos tempos primitivos a formação cultural de diversos povos e a evolução de como foi surgindo através dos tempos os números em diferentes lugares, pois se pode observar a diferença presente entre ambos no documentário. O enredo mostra também uma civilização australiana que não utilizava os números, mesmo assim eles representavam as quantidades e ainda olhavam as horas. Passa pelos motivos pelos quais a matemática foi criada, logicamente que foi pela necessidade comercial. Conta a história dos Sumérios, mesmo não havendo o papel, eles usavam a argila para criar uma superfície e gravar as anotações (os números). A criação no Egito do número um para facilitar a medição em suas grandiosas construções. Passa ainda por Pitágoras e seus estudos com seus alunos. Descreve a trajetória do maior matemático e filósofo Arquimedes, menciona as diferenças ao usar os números gregos e romanos. Mostra circunstâncias onde os romanos se interessavam por coisas de poder, já os gregos tinha uma visão mais de romantismo, pois usavam também os números para contar as flores que cultivavam, por exemplo. Relata a concepção de vida dos romanos e dos indianos. O conteúdo do Documentário traz imagens evolutivas com relação a trajetória dos números e o surgimento após os algarismos romanos dos números usados atualmente, o surgimento dos números arábicos na Índia, mas divulgados pelos Árabes. Muito interessante toda a trajetória histórica contada no documentário, e que se ressalta o zero sendo descoberto por último. E finalmente a utilização atual do zero e do um na forma binária.

 

 

Ø REFERÊNCIAS:

·         Entrevista Paulo Freire and Ubiratan D'Ambrosio. Disponível em: https://youtu.be/o8OUA7jE2UQ Acesso em: 27 de Novembro de 2017 

·         A história do número 1. Disponível em: https://youtu.be/3rijdn6L9sQ Acesso em: 27 de Novembro de 2017 

·         https://filmow.com/a-historia-do-numero-1-t62262/ficha-tecnica .



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Conhecendo o Sistema de Numeração Maia



No sistema de numeração maia os algarismos são representados por símbolos, os símbolos utilizados são pontos e barras horizontais.o decorrer da história existem relatos de vários sistemas de numeração elaborados pelas grandes civilizações. Os mais conhecidos são: egípcio, babilônico, romano, chinês, o nosso atual sistema denominado decimal ou indo-arábico, e o dos povos Maias. Este último foi adotado pela civilização pré-colombiana e consiste num sistema de numeração vigesimal, isto é, de base vinte. De acordo com relatos históricos, o sistema é vigesimal porque possui como base a soma dos números de dedos das mãos e dos pés.


No sistema de numeração Maia, os algarismos são baseados em símbolos. Os símbolos utilizados são o ponto e a barra horizontal, e no caso do zero, uma forma oval parecida com uma concha. A soma de cinco pontos constitui uma barra, dessa forma, se usarmos os símbolos maias para escrever o numeral oito, utilizaremos três pontos sobre uma barra horizontal.



Os números 4, 5 e 20 eram importantes para os Maias, pois eles tinham a ideia de que o 5 formava uma unidade (a mão) e o número 4 estava ligado à soma de quatro unidades de 5, formando uma pessoa (20 dedos). De acordo com a história, os cálculos maias foram os primeiros a utilizar a simbologia do zero no intuito de demonstrar um valor nulo. Também é atribuído ao sistema de numeração Maia a organização dos números em casas numéricas.

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REFERÊNCIA: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/o-sistema-numeracao-maia.htm

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